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MOSTEIROS BRASILEIROS
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Abadia da Ressurreição

Nossa História
Escrito por Abadia da Ressurreição   

A vida monástica nunca nasce por geração espontânea como, aliás, qualquer gênero de vida. Para haver vida, é preciso haver geração por parte de outros, que por sua vez também foram gerados.

O Mosteiro da Ressurreição - herdeiro e protagonista de uma Tradição viva, - foi fundado em 26 de junho de 1981 por alguns monges provenientes do Mosteiro de São Bento de São Paulo.

A fundação deveria ser no sul do país, onde a vida monástica era quase desconhecida. O mosteiro, que seria dedicado à Ressurreição do Senhor, teve início no santuário mariano da Vila Velha, ao lado do conhecido ponto turístico e em terreno pertencente ao Estado do Paraná, cedido em comodato à Cúria diocesana.

Assim, a Mãe de Deus, ali invocada com o título de 'Mãe da Divina Graça', acolheu e abençoou a fundação desde o seu primeiro dia. Como sinal de agradecimento, a futura igreja do mosteiro será a Ela dedicada.

Entre junho de 1981 e agosto de 1985 a comunidade viveu no santuário da Vila Velha, a trinta quilômetros da cidade, em situação precária.

Em 1984, iniciou-se a construção do mosteiro no terreno atual, para onde a comunidade se transladou no ano seguinte.
O mosteiro da Ressurreição foi erigido Abadia em agosto de 1997, tendo como seu primeiro e atual Abade: D. André Martins.

 

Vida
Escrito por Abadia da Ressurreição   

O Mosteiro da Ressurreição é uma comunidade de monges que, militando sob a Regra de São Bento, entendida em seu sentido mais antigo de abertura à Tradição monástica em sua totalidade, procura em fraternidade servir a Deus e à Igreja, proporcionando a cada um de seus membros o espaço de crescimento espiritual que necessita, ciente de que o Senhor Jesus "não veio chamar os justos, mas sim os pecadores, à conversão" (Lc 5,32).


Acolhendo vocações de distintas partes do país, de culturas e temperamentos diversos, a comunidade de Ponta Grossa se empenha em viver o projeto de contínua conversão e busca de Deus, numa vida de verdadeira fraternidade num clima de alegria, confiança, jovialidade, espontaneidade e de simplicidade.

 

Oração Monástica
Escrito por Abadia da Ressurreição   

O dia do monge é permeado por momentos de oração litúrgica, que ocupa parte central no dia da comunidade monástica. Diz São Bento: "Nada se anteponha ao Ofício Divino" (RB 43,3). Na oração litúrgica unindo-se ao Senhor Jesus e, no Espírito Santo, os monges louvam ao Pai antecipando neste mundo o louvor eterno. A oração do monge, porém, não se limita à oração litúrgica.
O convite à oração contínua foi herança deixada pelo próprio Senhor Jesus a todos os seus discípulos, conforme lemos no Evangelho: " Contou-lhes uma parábola para mostrar a necessidade de orar sempre, sem jamais esmorecer" (Lc. 18,1).

Os monges acolheram de modo particular este apelo do Senhor e compreenderam que embora a oração incessante não seja o fim último da sua vocação, é talvez dos meios, o mais importante. Alcançar, portanto, esta oração incessante é sem dúvida o desejo dos monges de ontem e de hoje.
Da sua Lectio Divina, leitura orante da Palavra de Deus feita no Espírito Santo, os pais do monaquismo retiravam diariamente a palavra que seria o alimento da sua oração incessante e, ao mesmo tempo, a arma eficaz no combate contra o pecado.

Enfim, a oração pessoal do monge surge no encontro amoroso com a Palavra de Deus, - seja na Liturgia ou na Lectio Divina -, dela se alimenta e torna-se incessante, tendo como finalidade realizar na vida cotidiana e concreta do monge, esta mesma Palavra.

 

A Lectio Divina
Escrito por Abadia da Ressurreição   
Lectio Divina é o nome dado à leitura orante da Sagrada Escritura. Uma de suas características principais é a gratuidade com que é feita: não se busca na Lectio adquirir informações práticas, mas simplesmente escutar o que Deus diz por meio do texto sagrado.
Essa forma de oração cristã ligada à Sagrada Escritura, cujas raízes encontram-se no judaísmo, pertence ao patrimônio da espiritualidade cristã das origens e foi assumida de modo especial na tradição monástica.

Fator fundamental na prática da Lectio é a invocação do Espírito Santo: a Lectio é "ler a Deus", é estar diante da Palavra de Deus que é tornada viva pelo Espírito Santo por meio do qual essa mesma Palavra foi escrita. O mesmo Espírito que moveu, inspirou e acompanhou o autor humano na consignação por escrito do texto, acompanha aquele que faz a Lectio Divina, dando lhe a luz necessária para penetrar o sentido do mesmo texto.

A Lectio é constituída de alguns elementos - ou momentos - que se entrelaçam formando uma unidade, como os fios que constituem uma corda. Esses elementos são: leitura, oração, meditação e contemplação.
Desse contato íntimo, que envolve o homem todo - em seu afeto, intelecto e vontade -, brota o compromisso de acolher e realizar a vontade de Deus manifesta nesse encontro.

 

O Ofício Divino
Escrito por Abadia da Ressurreição   
O Ofício Divino ou Liturgia das Horas é a oração oficial e pública da Igreja que juntamente com a celebração da Sagrada Eucaristia constitui aquela obra de louvor e ação de graças, tributada ao Pai, iniciada pelo Senhor Jesus Cristo em sua peregrinação terrena e prolongada no tempo pela Igreja sua Esposa, em favor da santificação dos homens.

Essa oração que é dividida em diversos momentos durante o transcurso do dia, constitui um verdadeiro Cântico de Louvor no qual a voz de cada membro do Corpo de Cristo, a Igreja, funde-se a voz do Senhor. Os momentos que a compõem são denominados Horas Canônicas e estão assim estabelecidas:

  1. Vigílias: Ofício noturno, geralmente celebrado durante a madrugada.
  2. Laudes: Louvor da manhã a ser celebrada ao raiar do dia.
  3. Tércia: Oração a ser celebrada próxima à terceira hora do dia, ou seja, nove horas.
  4. Sexta: Oração a ser celebrada próxima à sexta hora do dia, ou seja, doze horas.
  5. Noa: Oração a ser celebrada próxima à nona hora do dia, ou seja, quinze horas.
  6. Vésperas: Louvor da tarde a ser celebrada ao declinar do dia.
  7. Completas: Constitui a última oração do dia a ser celebrada antes do repouso noturno.

 

 

O Canto Gregoriano
Escrito por Abadia da Ressurreição   
O Canto Gregoriano é uma forma musical própria para uso nas celebrações litúrgicas da Igreja.

 Característica do Canto Gregoriano é ser essencialmente orante. Ele próprio se constitui em oração e suas melodias não são acessórios ou ornamento exterior, mas sim a própria vida da oração, que reforçando a Palavra e dirigindo o pensamento, dispõe o fiel à ação do Espírito Santo, elevando-o a Deus.

Como, a partir do séc. III, a língua latina foi adotada pela Igreja Romana, para celebração litúrgica, também as composições do gregoriano tradicional, até a Reforma do Concílio Vaticano II, foram feitas em Latim.

Celebramos a Liturgia em vernáculo, segundo o espírito da reforma litúrgica do Vaticano II, sem deixar de lado a tradição do canto gregoriano.

Esse foi um desafio assumido pelos monges do Mosteiro da Ressurreição: adaptar o espírito do Canto Gregoriano para a o Português.

 Com base no princípio fundamental de que a melodia no canto Gregoriano é "serva" da Palavra, iniciou-se então o trabalho de adaptação e composição das melodias, de forma a que essas pudessem contemplar a estrutura das frases do texto litúrgico em português, atentando para a tônica das palavras e métrica das frases.
Horário das Orações      
Escrito por Abadia da Ressurreição   

 

De 3ª a Domingo

2ª feira
(dia de retiro ou descanso)

Vigílias 4h20min

Missa com Vésperas 17h30min.

Neste dia não há qualquer atendimento.

Missa com Laudes
6h15min

 Aos domingos:
Laudes às 6:15 h
Missa Solene às 10:00 h

Tércia 9h00min
Sexta
12h00min
Noa 14h30min
Vésperas 17h30min
Completas 19h00min

 

 

 

O Trabalho Monástico
Escrito por Abadia da Ressurreição   
"São verdadeiros monges se vivem do trabalho de suas mãos, como também os nossos Pais e os Apóstolos" (Regra de São Bento Cap. 48,8).

Tendo a ociosidade como inimiga da alma, os monges de São Bento sempre conceberam o trabalho, seja manual, seja intelectual, como sendo um dos grandes elementos colaboradores no processo de conversão daqueles que se colocam nas fileiras da vida monástica. O trabalho é, portanto, no mosteiro, não apenas um elemento necessário à manutenção das necessidades materiais da comunidade e dos pobres, mas também um elemento intimamente ligado aos valores evangélicos ali vividos, devendo sempre ser realizado num clima de oração pessoal (Ora et Labora).

Foi com base nesses princípios que os monges, através dos séculos, colaboraram imensamente com o desenvolvimento da civilização do Ocidente, sendo pioneiros no desenvolvimento de técnicas de trabalho em diversos setores como a agricultura (técnicas de irrigação e drenagem do solo, bem como métodos para aclimatação de plantas), a construção civil (pontes, igrejas, estradas), artesanato (fabricação de utensílios, trabalhos artísticos, cerveja), além, é claro, de um imenso esforço dispensado à educação humana e religiosa dos povos.
Trabalhos      
Escrito por Abadia da Ressurreição   

A comunidade do Mosteiro da Ressurreição procura manter vivo o valor do trabalho como meio colaborador no processo de conversão dos monges. Procuramos, dentro do possível, manter o andamento da vida no mosteiro com o trabalho dos próprios irmãos. Esses são divididos entre os diversos setores de trabalho da casa, como lavanderia, rouparia, cozinha, padaria, licoraria, fábrica de vela, horta, pomar, criação de animais, alfaiataria, atelier de pintura, biblioteca, portaria, hospedaria, etc.

 A jornada de trabalho é ordenada a partir dos horários da celebração do Ofício Divino: entre as orações de Tércia e Sexta pela manhã e entre Noa e Vésperas, pela tarde, num total de aproximadamente 6 horas diárias de trabalho, no qual está incluída também a formação dos noviços.

 O mosteiro de Ponta Grossa não exerce atividades "externas", tais como colégio ou paróquia, por compreender que no seio da Igreja a sua vocação é essencialmente contemplativa. No entanto realizamos uma pastoral intramonasterial, através do acolhimento das pessoas que procuram nossa comunidade em busca de auxílio espiritual, do sacramento da confissão ou de um ambiente onde se recolher em oração.

 

Escrito por Abadia da Ressurreição   

A comunidade do Mosteiro da Ressurreição procura manter vivo o valor do trabalho como meio colaborador no processo de conversão dos monges. Procuramos, dentro do possível, manter o andamento da vida no mosteiro com o trabalho dos próprios irmãos. Esses são divididos entre os diversos setores de trabalho da casa, como lavanderia, rouparia, cozinha, padaria, licoraria, fábrica de vela, horta, pomar, criação de animais, alfaiataria, atelier de pintura, biblioteca, portaria, hospedaria, etc.

 A jornada de trabalho é ordenada a partir dos horários da celebração do Ofício Divino: entre as orações de Tércia e Sexta pela manhã e entre Noa e Vésperas, pela tarde, num total de aproximadamente 6 horas diárias de trabalho, no qual está incluída também a formação dos noviços.

 O mosteiro de Ponta Grossa não exerce atividades "externas", tais como colégio ou paróquia, por compreender que no seio da Igreja a sua vocação é essencialmente contemplativa. No entanto realizamos uma pastoral intramonasterial, através do acolhimento das pessoas que procuram nossa comunidade em busca de auxílio espiritual, do sacramento da confissão ou de um ambiente onde se recolher em oração.

 

 

 

Reze Conosco
Escrito por Abadia da Ressurreição   

Mesmo separado do mundo pela opção de vida que fez, o monge está unido a toda a humanidade pela sua oração incessante diante de Deus.

Preencha o formulário abaixo com seu pedido de intercessão. Tenha certeza que apresentaremos a Deus suas necessidades e Ele em Sua infinita bondade disporá o que for melhor. Reze conosco!

 

 

 

Origem

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Escrito por Abadia da Ressurreição   

O monaquismo brotou na Igreja num momento de grave desafio: saindo da clandestinidade das catacumbas e casas particulares onde se refugiara das perseguições, a Igreja viu-se colocada na situação oposta: foi necessário assumir no inicio do século IV o papel de religião oficial do império. Ela corria o risco de ser tragada por essa difícil convivência com o poder, deixando que seus valores e a simplicidade de suas origens fossem abafadas.

Os primeiros monges afastaram-se das cidades para buscar na solidão do deserto e numa vida extremamente pobre, o clima propicio ao conhecimento de si e ao encontro com Deus. Eles mantiveram viva a ligação da Igreja com suas fontes espirituais. Embora seja um modo de vida especial, a vocação monástica desde então sempre conservou-se na Igreja.

 

 

 

 

 

 

Quem São os Monges?

 

Escrito por Abadia da Ressurreição   

A identidade do monge se define pela escolha de um modo de vida que é ao mesmo tempo marginal e implicitamente crítico em relação à sociedade em geral e nos nossos tempos, especialmente em relação à sociedade de consumo. Um monge não foge do mundo, nem o odeia, mas dele se afasta. Renuncia a si mesmo e aos bens que poderia obter para si no mundo, para seguir ao Cristo no deserto, lugar de sofrimento e tentações, mas também de autenticidade e encontro.

Assim, colocando-se à certa distância da sociedade, livre de suas convenções e imperativos, o monge entrega-se totalmente ao Cristo e assume uma disciplina cunhada pela sabedoria de uma tradição espiritual que lhe é transmitida por um mestre e uma comunidade.
Sendo alguém que busca a Deus, o monge se dispõe a um contínuo e entusiasmado processo de conversão no dia a dia de sua vida comunitária. A comunidade torna-se a "escola do serviço do Senhor", reunida em torno de um pai (Abade), sinal de Deus que é Pai.

Na comunidade aprende-se a arte de perdoar e amar, de deixar-se gradualmente completar, em sua personalidade, pelas riquezas dos outros. Este processo de crescimento alimenta-se no diálogo constante, pessoal e comunitário com Deus na oração, verdadeira respiração vital da presença do Espírito. E a oração une-se naturalmente ao trabalho manual ou intelectual, realizado por todos em espírito de oferenda e como serviço aos homens.
Toda esta caminhada conduz, pela graça, a uma transformação interior e a um aprofundamento da consciência e da percepção, chegando a uma experiência no mais profundo do ser.

A vida do monge é toda alicerçada na fé, experimentando constantemente a morte e Ressurreição em Cristo, com tudo o que isso implica: despojamento, humildade, paz, serviço, alegria, liberdade. Dentro do mosteiro o monge permanece aberto às necessidades dos homens e ao acolhimento. É livre para encontrar e amar a todos. E quer ser, segundo a vontade de Deus, um instrumento de seu Reino.

 

 

Sua Vida
Escrito por Abadia da Ressurreição   

Bento nasceu na Itália, numa pequena cidade chamada Núrsia, no ano de 480. Sua família pertencia à pequena nobreza de proprietários rurais. Antes dos 20 anos de idade foi mandado para Roma, a capital e maior cidade do mundo conhecido de então, a fim de estudar letras. Mas Bento não se adaptou aos ambientes acadêmicos e sociais decadentes que encontrou, sentia necessidade de algo diferente. Partiu novamente para o interior e, depois de algum tempo, retirou-se completamente para "habitar consigo mesmo", na expressão dos "Diálogos" de São Gregório Magno, o mais antigo cronista de sua vida.
Procurar a Deus de verdade: esta era a aspiração de Bento. Por isso, na radicalidade de seu espírito jovem e resoluto, confrontou-se com as opções fundamentais do Evangelho: a pobreza, a disponibilidade total a Deus, a escuta e o aprofundamento de sua Palavra. Tornou-se monge. Passou a viver solitariamente numa gruta, em Subiaco (em latim antigo: "sub lacum").

A providência o encaminhou para Monte Cassino, onde permaneceu até o fim da vida e fundou o grande mosteiro que até hoje è venerado como o tronco de todas as casas beneditinas. Lá viveu e escreveu a Regra de vida que guiou o caminho de incontáveis gerações de santos e monges e até hoje orienta nossa vida monástica. Perto de lá sua irmã, Escolástica, deu inicio ao ramo feminino da ordem de São Bento, observando, a mesma Regra por ele estabelecida.

 

A Regra de São Bento
Escrito por Abadia da Ressurreição   

Em São Bento se enfeixam e se articulam os primeiros três séculos da experiência monástica cristã, na Europa e no Oriente Próximo. A Regra dos mosteiros que ele nos deixou é a expressão dessa experiência sintetizada, somada à sua vivência de santidade, ao seu gênio legislativo e ao seu fino conhecimento da psicologia humana.
Por seu equilíbrio e fidelidade evangélica a Regra logo se espalhou por toda a Europa, instaurando aquele modo de vida de oração, estudo e trabalho, que garantiu a conservação da cultura antiga no seio dos povos bárbaros, orientou a educação dos jovens e animou a educação de muitos países. Por sua solidez espiritual e jurídica, a Regra edificou os mosteiros beneditinos que foram os focos irradiantes da fé e da cultura em toda a Idade Média - período no qual se plasmaram as atuais nações e línguas européias. É por isso que São Bento è venerado como patrono da Europa.

Assim começa o Prólogo da Regra beneditina: "Escuta, filho, os preceitos do Mestre, e inclina o ouvido do teu coração; recebe de boa vontade e executa fielmente o conselho de um bom pai, para que voltes, pelo labor da obediência, àquele de quem te afastastes pela desídia da desobediência. A ti, pois, se dirige agora a minha palavra, quem quer que sejas que, renunciando às próprias vontades, empunhas as gloriosas armas da obediência para militar sob o Cristo Senhor, verdadeiro Rei".

 

VEJA VIDEOS SOBRE O MOSTEIRO

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MOSTEIRO TRAPISTA

NOSSA SENHORA DO NOVO MUNDO

 

Histórico do Mosteiro

Em 1977, quatro monges da Abadia Trapista Nossa Senhora de Genesee (Nova York) chegaram ao estado de Paraná. Pe. Francisco, Ir. Cipriano. Pe. Jerônimo e Ir. Barnabé (foto) vieram para fundar um novo mosteiro e assim implantar a vida monástica trapista no Brasil. Mais cedo, um grupo de trapistas franceses tinha estabelecido uma casa de refúgio provisoriamente em Tremembé (SP) em resposta a uma ameaça do seu governo de expulsar as ordens religiosas, mas quando a situação entre o estado e a Igreja na Franças amenizou-se, os monges voltaram para a Europa.

O novo grupo passou quatro anos perto da cidade de Lapa, vivendo numa grande simplicidade. Além de levar a sua vida monástica nas novas condições culturais e lingüísticas, os fundadores tiveram que desenvolver sua economia para tornar-se independentes financeiramente da "casa mãe", e iniciar a formação dos vocacionados brasileiros que não tardaram a aparecer. Ficou claro que a comunidade ia necessitar um lugar mais recolhido e maior para corresponder ao seu chamado, e no ano 1981, mudou para Campo do Tenente, trinta km ao oeste. Construção do mosteiro (até então, os monges tinham morado numa casa particular, fazendo as adaptações necessárias)começou quase imediatamente e a dedicação da nova igreja foi celebrada no dia 21 de fevereiro de 1984.

Em 1988, a fundação tomou o próximo passo e tornou-se um "priorado simples", elegendo pela primeira vez, seu próprio Superior. Já havia na comunidade nesta época, brasileiros com votos. Durante os anos seguintes, o mosteiro continuou na sua caminhada de oração e trabalho, tentando levar à frente a obra de "inculturação evangélica"- viver o carisma trapista autenticamente no ambiente brasileiro contemporâneo. Ao mesmo tempo, a comunidade conseguiu uma maior estabilidade econômica.

Os últimos anos têm testemunhado um novo impulso da vida: uma corrente de novos vocacionados, dentro os quais alguns já estão preparando-se para fazer os votos. A presença deles nos levou a dedicar os nossos esforços à formação intelectual e espiritual dos noviços, à renovação de nossa liturgia e à expansão dos prédios. Este ano iniciamos um programa de nova construção: o primeiro prédio, um novo dormitório monástico de trinta celas, deve ser completo até os meados do ano 2001. Nossa Ordem reconheceu oficialmente os frutos do crescimento na comunidade quando aprovou no último capítulo geral (a reunião trienal de todos os superiores da Ordem) a elevação do mosteiro ao estado de um Priorado Maior, o passo final antes de ser abadia. Neste momento somos em quinze: oito professos solenes, um professo simples, cinco noviços, e um postulante, além de vários estagiários. Sentimo-nos muito agradecidos pelos sinais da bênção divina que estamos experimentando e entramos com confiança e alegria no ano jubilar e no novo milênio que ele inicia.


Histórico da Ordem Cisterciense da Estrita Observância (OCSO)

A vida monástica é, por sua natureza, um chamado ao perfeito seguimento de Cristo. Portanto, nas comunidades monásticas que vivem segundo a Regra de São Bento, patriarca dos monges do Ocidente, sempre têm surgido iniciativas de reforma, no sentido de uma entrega mais profunda e generosa às exigências da Regra. Às vezes, esta reforma se realiza dentro de uma comunidade existente; outras vezes, um grupo de monges sai do seu mosteiro para comprometer-se num novo ambiente monástico à observância íntegra da Regra.  

 

 

O século XI, estimulado pela visão do Papa Gregório VII,  testemunhou muitas tentativas deste tipo. Uma delas foi o estabelecimento do "Novo Mosteiro" de Cister (Borgonha,França) no ano 1098 por vinte e um monges provenientes do mosteiro beneditino de Molesme. Depois de alguns anos difíceis, os Cistercienses começaram a receber numerosas vocações, e até o fim do século XII espalharam-se por toda a Europa em centenas de mosteiros masculinos e femininos. Simultaneamente, desenvolveram a própria espiritualidade mística, que se exprimia tanto nas obras dos grandes teólogos cistercienses como São Bernardo de Claraval, quanto na arquitetura de suas igrejas e até na direção da economia das comunidades. Foi o século de ouro de Cister. 

 

 
 

 

 

Nos séculos seguintes, apesar de esforços de manter a vida espiritual e ascética no mesmo nível, houve um certo afastamento dos ideais das origens cistercienses. Nos séculos XV e XVI, sobretudo na França, vários abades buscaram iniciar uma reforma nas suas comunidades, e na Ordem como tal. No século XVII, o abade francês Dom Jean Armand de Rancé, conseguiu realizar na sua comunidade de La Trappe (Normandia) um programa de reforma, enfatizando os valores de separação do mundo, silêncio, trabalho manual, renúncia e obediência. Em diversos aspectos sua reforma, inspirou-se profundamente da vida eremítica do deserto egípcio (séc. III - V) talvez mais do que na própria Regra. Outros mosteiros juntaram-se à forma da vida de La Trappe. Estas comunidades continuaram parte da Ordem Cisterciense (embora criando "congregações" distintas dentro da mesma) até o ano 1892. Naquele ano, seguindo a orientação do Papa Leão XIII, três congregações "trapistas" (Sept-Fons, Melleray e Westmalle) agregaram-se juridicamente para formar uma nova Ordem, a Ordem Cisterciense da Estrita Observância (Trapistas).  

  Neste período, grandes nomes merecem destaque como o de Dom Sebastien Wyart, eleito em 1892 como 1º abade geral dos trapistas. Também devemos muito aos esforços de Dom Jean-Baptiste Chautard, abade de Chambarand e posteriormente de Sept-Fons, ambos na França. Por sua iniciativa, e fugindo das perseguições políticas na França, ele fundou o primeiro mosteiro trapista do Brasil em 1904, na cidade de Tremembé-SP. Esta fundação trouxe enorme desenvolvimento econômico e cultural, bem como auxilio religioso a toda a região do Vale do Paraíba. Este mosteiro permaneceu até 1934, quando seus monges retornaram para a Europa. Durante o século XX, os Trapistas expandiram, fazendo fundações em todos os continentes. Atualmente, há 100 comunidades de monges e 70 de monjas, sendo 13 na América Latina. Hoje em dia, tentamos viver como nossos antepassados, buscando viver em fidelidade com os  grandes impulsos da nossa história- a composição da Regra, o nascimento de Cister e a reforma de la Trappe. Acima de tudo, tentamos manter-nos atentos ao impulso do Espírito, Aquele que, através desta tradição, nos convida à sempre redescobrir e mais plenamente viver o carisma monástico no coração da Igreja.

 

 

A vida trapista

A vida trapista é orientada totalmente para a experiência do Deus vivo. É contemplativa.

Chamado por Deus, o Trapista se consagra integralmente a buscá-Lo seguindo  a Cristo, são a Regra de São Bento, um Abade(ou Prior) e em comunidade estável, na caridade fraterna, na qual são compartilhados todos os bens.

Afastado do mundo, o Trapista purifica seu coração mediante a Palavra de Deus, a oração e uma ascese libertadora que o fazem humilde e obediente à semelhança de Cristo.


Nada antepor ao amor de Cristo (RB 4)

A jornada monástica se desenvolve entre o equilíbrio da oração pessoal e litúrgica, trabalho manual e estudo. 

O estilo de vida é frugal e simples. a própria vida e particularmente o Abade exercem papel fundamental na formação.

Fraterna, laboriosa e escondida, a vida Trapista se abre ao amor de Cristo e á alegre ação transformadora do Espírito Santo


Orai sem cessar (
I TES 5,16)

O clima de solidão e silêncio permite que floresça a lembrança de Deus e a oração pura e contínua.

Pela hospitalidade o mosteiro compartilha o fruto de sua contemplação e trabalho. É uma hospitalidade aberta a todos sem distinção.

 

Trabalho e sustento

A comunidade se sustenta por seu próprio trabalho com apicultura, agricultura e padaria ( produção de bolo de frutas, pão e biscoito), além de livros, terços, etc...

veja em Produtos a relação de nossos produtos.

 

 

Nosso carisma e nossa espiritualidade

Nosso carisma é contemplativo. O que nos orienta são as palavras de São Bento: "Buscar a Deus verdadeiramente" e a convicção de que, através da nossa vida monástica, vamos encontrá-Lo e unir-nos a Ele, aqui nesta vida e por toda a eternidade.

     O desejo de ver a Deus face a face fundamenta todas as dimensões de nossa vida: a celebração litúrgica do Ofício Divino e da Missa, as horas da meditação na Bíblia e da oração pessoal, o nosso trabalho manual e o estudo, as renúncias e as alegrias, a convivência fraterna e o recolhimento do silêncio. Em tudo tentamos de tornar-nos pessoas íntegras- homens de coração puro, capazes de contemplar a Deus. Vê-Lo revelado nos sacramentos e nos irmãos, na palavra da Escritura e na palavras dos acontecimentos do dia a dia, nos hóspedes e no povo do nosso País. Nossa esperança porém vai além de tudo isso. Queremos ver a Deus assim como Ele é, segundo a promessa de São João.

     Para chegar a esta visão, levamos uma vida enclausurada, observando os três votos da vida religiosa- obediência, castidade e pobreza- dentro de um compromisso da  conversão contínua na comunidade. Nossa solidão monástica, contudo, não nos afasta da humanidade.Serve ao contrário para despertar em nós a experiência profunda da solidariedade com todas as pessoas em sua nobreza e em sua fraqueza, e um chamado a ficar de pé diante de Deus em nome de todas elas.     


Horário da nossa jornada monástica

2:45 - Levantar-se

3:00 - Vigílias (ofício divino)

4:00 - Oração pessoal, meditação, leitura. Café da manhã.

6:00 - Laudes (ofício divino) com Missa.

7:00 - Ação de graças. Preparação para os trabalhos.

7:45 - Terça (ofício divino)

8:00 - Trabalho

12:15 - Sexta (ofício divino)

12:30 - Almoço. Tempo livre.

14:00 - Noa (ofício divino)

14:15 - Trabalhos ou estudos, aulas, reuniões.

17:15 - Vésperas (ofício divino). Jantar. Tempo livre - leitura, conferências.

19:15 - Completas (ofício divino)

19:30 - Repouso

Nos domingos e solenidades - Missa às 10:00h da manhã.

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AVISOS  

MISSSA DE DOMINGO

A PARTIR DE 07: 30 hs

   ANUNCIE AQUI

 

  

    03/ JUNHO

 

SÃO CARLOS LWANGA

 

 



CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2011

PASTORAL DA CATEQUESE

PASTORAL DA JUVENTUDE

 

PASTORAL FAMILIAR

  

PASTORAL DA PESSOA IDOSA

  

PASTORAL DO BASTIMO

 

 

 

 

 

 

VINDE ESPIRITO SANTO

 

PASTORAL DA CRISMA

TERÇO DOS HOMENS

 

 

 RENOVAÇÃO CARISMÁTICA

TODA 4ª FEIRÁS 19:00

VINDE A MIM OS CANSADOS

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LITURGIA DIÁRIA

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RÁDIO CANÇÃO NOVA FM

 

 

Usamos mal da imortalidade e isso nos fez morrer.

Cristo usou bem da mortalidade e isso nos faz viver.

(Santo Agostinho)